Eu não te amo quando:
Não posso passar um dia se quer sem pensar em você. Não consigo pensar em você, com aquietação, já que a mínima lembrança sua me remete aos desejos irresistíveis do não realizável.
Fantasia é nossa palavra de ordem. Não podemos viver sem ela. Ela transforma nosso cotidiano em alguma coisa menos ordinária! Ter você no devaneio é o mesmo que não ter você em meio aos desvarios do habitual. Permitir-me viver o parcialmente vivido me estimula a convergir seu fraco em forte, suas incertezas em verdades absolutas, seu padecimento em gozo, sua tolice em fascínio. Tudo me parece mais distante do que eu posso alcançar. Nossos encontros me parecem mais profundos do que eu posso penetrar.
E nossas noites e dias de deleite! Tão perfeitas quanto as imperfeições de nossas contradições. E tão exuberantes e mágicas quanto a superfície de nossos corpos. Realizamos o amor na superfície de nossos corpos e enganamos nossas almas imaginando uma singularidade inalcançável, inexistente. Enquanto os outros vivem o amor das discórdias, das diferenças e das dores, nós esperamos que nosso aludido “melhor” seja bom o suficiente para sustentar o “para sempre”. E acreditamos que se não for para sempre, inventaremos um outro conceito de tempo que nos abrace, que nos una em nossa loucura!
Eu não consigo dizer “eu te amo”. Talvez por que nosso para sempre é irreal o bastante para me tocar. Mas pensando bem, talvez eu consiga dizer algumas poucas vezes! Sem olhar em seus olhos, claro! Por que não posso encarar o que não me é concreto. Vislumbrar a abstração é o que me inspira. Me sugere que posso viver para muito além do que esta realidade banal me impõe.
E assim vou seguindo! Permitindo que sejamos um, no nenhum…
Não posso passar um dia se quer sem pensar em você. Não consigo pensar em você, com aquietação, já que a mínima lembrança sua me remete aos desejos irresistíveis do não realizável.
Fantasia é nossa palavra de ordem. Não podemos viver sem ela. Ela transforma nosso cotidiano em alguma coisa menos ordinária! Ter você no devaneio é o mesmo que não ter você em meio aos desvarios do habitual. Permitir-me viver o parcialmente vivido me estimula a convergir seu fraco em forte, suas incertezas em verdades absolutas, seu padecimento em gozo, sua tolice em fascínio. Tudo me parece mais distante do que eu posso alcançar. Nossos encontros me parecem mais profundos do que eu posso penetrar.
E nossas noites e dias de deleite! Tão perfeitas quanto as imperfeições de nossas contradições. E tão exuberantes e mágicas quanto a superfície de nossos corpos. Realizamos o amor na superfície de nossos corpos e enganamos nossas almas imaginando uma singularidade inalcançável, inexistente. Enquanto os outros vivem o amor das discórdias, das diferenças e das dores, nós esperamos que nosso aludido “melhor” seja bom o suficiente para sustentar o “para sempre”. E acreditamos que se não for para sempre, inventaremos um outro conceito de tempo que nos abrace, que nos una em nossa loucura!
Eu não consigo dizer “eu te amo”. Talvez por que nosso para sempre é irreal o bastante para me tocar. Mas pensando bem, talvez eu consiga dizer algumas poucas vezes! Sem olhar em seus olhos, claro! Por que não posso encarar o que não me é concreto. Vislumbrar a abstração é o que me inspira. Me sugere que posso viver para muito além do que esta realidade banal me impõe.
E assim vou seguindo! Permitindo que sejamos um, no nenhum…
Texto: Luciane Trevisan Leal
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